sexta-feira, 1 de junho de 2007

Ao Diogo... no Dia da Criança


O PARQUE DAS DIVERSÕES...

Para mim era um dia mágico.
Os olhos acompanhavam o brilho, as cores, as luzes, os sons, os sorrisos, transportando-me para o mundo dos sonhos por umas horas.
Entrava no carrossel, montava o “meu” cavalo branco e rodava, rodava à garupa da minha imaginação estimulada pela música e pelas figuras distorcidas que passavam à velocidade do vento.
Esses dias fazem parte das minhas boas recordações e por vezes ainda fico presa a esse passado, quando o presente me dói.

Hoje eu sei que os dias mágicos acontecem porque deles só conhecemos uma parte!

As crianças desconhecem que...
... Os carroceis param, as luzes desligam-se num simples botão;
... É preciso colocar açúcar na máquina do algodão doce;
... O sorriso dos palhaços que vendem balões e nos divertem, é pintado;
... Os prémios da barraca de tiro ao alvo, também se enchem de pó e os ursinhos não sorteados, ficam sozinhos, sem alguém que os abrace ou tape do frio e da escuridão da noite;
... O homem de borracha, vestido com roupas de cetim coloridas que me fazia abrir mais os olhos, afinal, quando o dia acaba, também se veste normalmente, tem ossos, acende um cigarro, conta as moedas, enfia uma garrafa de vinho debaixo do braço e controla a tentação de a abrir antes de chegar a casa.

O passado ainda é bom, mas já não é mágico, porque não somos mais crianças!

É bom não esquecer o passado mas é perigoso vivermos nele!

Do passado apenas queremos, as coisas boas que vivemos, as saudades desses tempos gloriosos que habitam nas nossas mentes ou que funcionam como defesas para esquecer o presente e não pôr o pé no futuro.

Diogo que possas sempre recordar o Passado, viver plenamente o teu Presente e não ter medo do Futuro...


Adoro-te!

Sem comentários: