domingo, 29 de junho de 2008

Lisboa...

Esta é a minha Lisboa.
Gosto de a palmilhar com tempo, olhando o que não consigo ver no meu dia-a-dia corrido.
Desta vez fui para os lados do Campo Mártires da Pátria, não ia lá há anos. Fiquei surpreendida com a vida de bairro de um domingo solarengo. Nem me lembrava que havia um jardim com direito a lago, patos, faisões e uma esplanada simpática rodeada de árvores centenárias e repleta de moradores tagarelas e bem dispostos.
E a estátua do Dr. Sousa Martins que protege os enfermos, mesmo ali ao lado, continua imponente convidativa para as pessoas de fé. Um lugar de culto, bem no meio da praça, que impressiona.
Chocou-me a forma como as placas dos votos dos crentes foram literalmente despejadas à volta da estátua que só resulta, num insólito registo fotográfico.
Detenho-me, respiro fundo e reponho energias numa mesa de café a ouvir conversas alheias. Um pardalito atrevido tentou insistentemente partilhar comigo a minha torrada.


Não estando eu muito para aí virada tentou outra abordagem que quase me convenceu.
Mesmo ali ao lado, no nº 37, descobri o Goethe-Institut Portugal. Aventurei-me em dia de jogo Alemanha - Espanha, fui entrando sem ser convidada. Um cartaz à porta prometia um écran gigante e boa cerveja gelada. Desci uma escada escura, segui outros seres irreconhecíveis pelas pinturas de guerra, escondidos por baixo de grandes bandeiras.
Desemboquei num jardim muito bonito e bem cuidado com uma vista peculiar desta Lisboa que começava a escurecer. Lá dentro senti-me na Alemanha numa festa barulhenta de cantares incompreensíveis, regada a cerveja e acompanhada de chucrute, salsichas e salada de batata.
Saí a tempo quando a moral esmoreceu depois do golo da Espanha, não sem antes ter percebido que neste jardim escondido, de 8 a 24 de Julho, há "jazz im Goethe-Garten", às terças e quintas.
As coisas que eu vou descobrindo nesta minha Lisboa!

1 comentário:

Anónimo disse...

Oi Té, tenho tomado sopas de Nabiças fenomenais!!!
Saudades, Marcelo.