quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ai Lisboa de tantos encantos, tantos desencantos mostras tu...

A foto é da minha amiga Lena. Lisboa é bela, vista de cima, escondendo pormenores sórdidos, mal cheirosos e degradantes que esta bela cidade onde nasci, alberga também.
Ontem, num fantástico jantar de amigos, conversávamos. Eu a única nascida em Lisboa reconhecia a qualidade de vida de se viver fora dela, mas defendi o encanto de viver numa cidade, ainda calma que oferece cada vez melhores programas culturais e ao acesso de todos, onde tudo se encontra e com o rio aqui tão perto que convida a fins de tarde pacatos e retemperadores da luta diária em que vivemos.
Lembrei-me de uma destas noites ter assistido no largo de São Carlos à orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, saída de dentro de portas tocando maravilhosamente para quem se quis deter ao luar e interromper o destino que levava. Para não falar da Fábrica Braço de Prata, sempre aqui ao lado, a sugerir bons momentos aos meus leitores. Para não falar de muitas outras qualidades da cidade que me viu nascer. Mas não há bela sem senão e "o melhor e o pior do mundo são as pessoas". Não cuidamos do que é nosso, achamos que alguém o vai fazer, que votamos para tratarem da nossa casinha, da nossa rua, do nosso bairro, da nossa vidinha, para que aumentem o nosso dinheirinho ao fim do mês. Olhamos o que não nos agrada, abanamos a cabeça e seguimos em frente. Sou orgulhosa da minha cidade, Lisboa é de facto magnífica, mas basta andarmos por becos e travessas para vermos que não é perfeita. E que fazemos nós?
Agora podemos fazer (sempre pudemos fazer).
Nas minhas navegações pela blogosfera encontrei um site chocante e que foi o mote deste post: lisboa s.o.s.
São despejadas todos os dias fotos, do que de pior tem a minha cidade. Gostei dele e aqui o deixo ao lado, porque tem um link directamente para o e-mail do munícipe da Câmara Municipal de Lisboa.
Usem e abusem.
Não deixem Lisboa degradar-se!

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