terça-feira, 8 de julho de 2008

Missiva...


Hoje, senti o vento, o sol no rosto, o tempo marcado em mim.
Corri pela areia, molhei os pés no mar salgado, apanhei conchas, sem sair de casa.
Senti a tua mão na minha como quando eu tinha medo.
Ouvi as tuas palavras serenas, sensatas e sábias que ainda chegam em eco.
Dobrei com cuidado e guardei o teu cheiro na mala verde.
Escrevi o futuro por cima do presente com a tua caneta preta de aparo dourado.
Reparei que já não penso, nem converso, tanto... São muitas as palavras que ficaram esquecidas.
Apeteceu-me sentar à noite no café, olhar rostos expressivos e inventar histórias, enredos, vivências e dar-lhes um final feliz, mas, não sei da chave que abre a porta de casa.
Há males que vêm por bem...