quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Para pensar...

"É difícil ser feliz em gestão corrente."
Eduardo Sá

Tenho pensado nesta frase nos últimos dias:
Quando o stress aperta;
Quando a minha vida se resume a casa-trabalho-casa;
Quando à noite apenas me apetece vegetar no sofá com um comando na mão.

Penso...
Como é difícil sair da gestão corrente!

3 comentários:

luzinha feliz (mesmo assim) disse...

Juro que estava a pensar nisto!
Há muito que não tinha uma coincidência tão grande!
Tinha acabado agora um trabalho e enquanto me preparava para sair daqui e ir para a cama, pensei:
“Bolas, que vida a minha! Mais uma noite ao computador e só consegui acabar um décimo do que ainda tenho que fazer! E tenho tantas outras coisas p´ra fazer! E vivo neste stress em terminar tudo o que tenho em mãos, para depois me poder dedicar aos “realmente meus interesses” e aos bocadinhos de ócio e lazer e ao descanso e às amizades e ao amor e à família e à diversão e…. e…. quando termino uma coisa, já tenho mil encomendas em espera e não dou vazão a esta fila de afazeres que na maioria não interessam nada, mas que me entopem a vida…
Porque é que eu sou assim?! Não dizem que as mulheres podem fazer mil coisas ao mesmo tempo? Os homens é que não… Ou será que só se estão a referir a tarefas concretas, tipo coisas práticas?
Afinal onde entra aqui a felicidade? Ah! Mas agora até tive um piquinho de “estou feliz” no momento em que terminei este último trabalho. Mas foi tão pequeno, que nem deve contar. Estou a precisar dum “estou feliz” com mais de 48 horas, pelo menos. E ultimamente não tenho conseguido!
Ou será que sou pouco descontraída? Se calhar é a minha forma de trabalhar que está mal…
Talvez devesse intercalar os trabalhos com intervalos “de vida”. Mas não consigo – parece que há sempre um bocado de trabalho que vai colado em mim, p´ra onde quer que eu vá!
Isto é stress! Tenho que relaxar…
Talvez preguiçar um bocado… não sei, tipo trabalhar nos mínimos… ligar o piloto automático do trabalho e abraçar a vida que eu gosto. Assim era um viver mais regular, mais feliz, acho.
Se calhar devia ir ao psicólogo!
Bem, isto é uma estupidez. Amanhã acordo melhorzinha. Afinal eu gosto do que faço. Tenho é que arranjar tempo para saborear melhor cada momento. É isso. É fazer as coisas, mas mais devagar. Aderir ao Slow Time. Ok.
Bem agora vou dar aqui uma voltinha pelos blogues, também mereço. Vou ler o que uma vez escrevi “Adoçar o Quotidiano”. Vem mesmo a calhar. Já nem me lembro, mas tem a ver com isto. Vai fazer-me bem. Mas tem que ser rápido porque já é tarde. Amanhã levantar ás 7.30h. Ah! Não preparei ainda uma aula. Bolas, penso na cama! Mau! Já vou dar a voltinha pelos blogues em stress. Bolas! E aposto que ninguém deve ter posto a loiça na máquina! Já não vou aos blogues…
Ok, vou ao da Teresa e a seguir vou pr´a cama.
Ai! São 3 da manhã! Já vou dormir à pressa! Tenho de adiar a felicidade para depois de amanhã.
Talvez!”

Anónimo disse...

Pode ser difícil mas não impossível... é disso que precisamos nos lembrar :)
bjs
lena

Anónimo disse...

Li o seu post com muita atenção.
Gostei do que escreveu, e sente, revejo-me na questão do trabalho que gera stress, que gera trabalho e, ainda, mais papelinhos, e mais tarefas.
depois, olhamos em volta, e vemos que os outros não se aplicam nem metade, parece fazerem "mais", e mais ainda no exterior das suas vidas profissionais.
Serão mais espertos? Seremos nós, com a devida vénia, mais obtusos e teimosos nos princípios, no carácter, na EDUCAÇÃO.
Porque é que aparentemente p'lo menos os "outros", ou parte deles, parecem dar-se bem com o seu (deles) sistema de funcionamento?
"Sabem" que mais, vou para casa ver Futebol, pois é algo que aprecio, e que empolga, com vitórias, ou na derrota, pois faz sentido, tem um principio, meio e fim. E até lá, ainda tenho o arrumar da "loja", o trânsito, o percurso até casa, e milhares de pensamentos que abrem portas, ou pelo menos, batem, e perguntam se podem entrar.
E se umnão dá, passa-se para o outro. Será que escrevi bem passa-se?! Isto é cansaço, 'tá na hora, andiamo. Ciao, SALVE.