quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Registos muito pessoais...

Castelos no AR


Castelos no AR...
Tudo não passa de castelos no ar...
Exercícios de escrita...
Histórias construidas, para tornar os dias mais azuis...
Desejos imaterializados...
Desejos sublimados...
Apontamentos sentidos... mais do que vividos...

Porque as pessoas... são o pior e poucas vezes... o melhor do mundo!
Porque nascemos e morremos sós!
Porque há muitos lobos com pele de cordeiro!

se esbocei um sorriso...
se alguém esboçou um sorriso...
se alguém reflectiu...
Se alguém se zangou com o que escrevi...
Se alguém me incentivou a escrever...
Se alguém não passou por aqui indiferente...

Já valeu a pena!

Porque não há príncipes nem princesas... 

14 comentários:

Anónimo disse...

Tu mereces afecto, carinho. És, como todos sabemos, uma mulher interessante e generosa.
Este teu espaço aberto ao encontro e desencontro, de ideias, de sentimentos, de experiências é um bom ponto de encontro.

Atento reparei nas mudanças.
a) “Escrevo para me manter viva” O anterior mote era muito semelhante a “Trabalho liberta” frase escrita à entrada de um dos campos de concentração nazi. Como teu amigo chamo-te a atenção que “escrever” TAMBÉM ajuda, mas “não só”.
b) Novas fotos, parabéns especialmente pela dos barcos – um bom sinal - viagens.

Morto o Café, há que descobrir novos horizontes, novas viagens, novos destinos, novas ideias... ou quem sabe “não fazer nada”...

“Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca”
(Fernando Pessoa)

António = Antó(nimo) + 2em1, + carteiro, + empregado café + maestro + vendedor (tal como sempre soubeste)

Teka disse...

Obrigada António!

Obrigada pelas palavras lindas...
Obrigada pela parceria tão bonita que se traduziu numa história a 2 mãos que vai ficar na nossa história...
Obrigada pelo afecto e carinho com que me brindaste...
Obrigada pelas poesias lindas, escolhidas a dedo, no momento certo...

Obrigada por te teres deixado encontrar...

Obrigada por me teres permitido acrescentar mais uns apontamentos sentidos na minha vida.

Anónimo disse...

Uffff...Obrigado eu, bem haja a ambos, e(continuação de) óptima viagem!

Anónimo disse...

Era evidente, ainda bem,assim sim (podem dizer que não fui suficientemente "sensível" às poesias citadas e transcritas.
Aceito, tranquilamente, mas há uma razão.
Estou certo que será devidamente apreendida por quem de direito.
D'um realista, com consideração e estima para ambos.

Anónimo disse...

Que bom "senti-la" mais optimista, mesnos ressentida com a vida Teka.

Anónimo disse...

APONTAMENTOS SENTIDOS versus APONTAMENTOS VIVIDOS.

Anónimo disse...

então?
quebrou-se o encanto?
que desencanto!
porque será que as pessoas continuam a preferir fazer zapping pelos encantos da vida?!
a busca contínua do espanto? o medo de se desencantar?!
a beleza da vida está exactamente no poder de transformar o encantamento.
a essência do encantamento está exactamente no poder de transformar o sapo em príncipe, o príncipe em sapo…
medo?!
que desencanto!

“O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.

(tristes de nós que trazemos a alma vestida!)”

... /…

“Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as cousas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Por que sequer atribuo eu
Beleza às cousas.

Um flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer cousa que não existe.
Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então por que digo eu das cousas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as cousas,
Perante as cousas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!”

Alberto Caeiro

o fantasma da casa encantada = o fantasma da casa encarnada (única e exclusivamente)

Anónimo disse...

Ainda acerca do Café (última referência)

1 - Como nasce uma ideia?
Aproveitando os sinais e com muita criatividade.
2 - Como nasceu o Café?
Com a "dica" da Teka: "Que boa descoberta... Que bom estar lado a lado... “ - lado a lado... Café!
3 - Como se alimenta?
Com âncoras: - algumas personagens (carteiro, empregado do bar, vendedor, etc. - todos com uma história ligada à história
- um objectivo (neste caso, a sedução, o desencontro)
- um fio condutor (havia vários: o café, a sedução, o encontro)
4 - Quem nasce primeiro? o post ou o poema?
- hip 1 - há um bom poema e cria-se à sua volta uma história coerente
- hip 2 - há uma mini-história e pesquisa-se um poeta ou poema em torno de uma dica (pode ser "fantasma", "não fazer nada", "palavra", etc.)
5 - Como acabar o post?
De tal forma que crie o desejo de continuação, deixando espaço e ligação para resposta (houve situações muito bem aproveitadas)
6 - Quanto tempo demora a fazer um post deste tipo?
Entre 30 a 60 minutos
7 - Porque acabou o Café?
Porque a partir do momento em que alguns das bases que suportem uma série são quebradas (a dúvida, a história, etc)... a história (Café) deixa de ter sentido.
8 – Será possível construir algo diferente?
Talvez, mas nem igual nem com os mesmos actores.
9 – Tive prazer na cooperação com a Teka e demais actores na construção da história?
Muito. E não foi uma história, nem pensada, nem projectada, nem previamente acordada.
Foi construída ao longo do tempo.
10 – Quais os melhores momentos?
a) Quando a Teka entra no jogo;
b) Quando, logo de princípio, a Teka descobriu quem era e continuou o jogo:
c) A criação do “contra-poder” – uma personagem oposta da que se lidava;
d) Vendo, analisando, observando... as reacções
e) O fim – tudo tem um fim, e ao menos que seja um fim com prazer!

Aqui vai a forma como construí os diferentes momentos...
Como se descobre um poema?
O tema foi... “construção” (de um personagem, uma história)
Disse “construção”?
Então aqui vai:

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado
Construção – Chico Buarque

Anónimo disse...

Breves :

Então, afinal, era tudo um Teatro, e nada mais que isso?!
Realmente devo ser de compreensão lenta!
Razão teve o leitor/comentador que escreveu a determinado momento que não se deve brincar com sentimentos, pois de coisa séria se trata!

"...e ao menos que seja um fim com prazer". Mas isto faz algum sentido...ou é mais cómodo,mais fácil?

E ainda a terminar, disse sim, "construção". Mas onde,qual, como? Onde estão os alicerces? Já terminou a edificação, ou era mesmo um castelo de cartas,só!

Que entrem os príncipes...

Anónimo disse...

Desculpem o realismo!

Anónimo disse...

Afinal conheciam-se/conhecem-se!!!
Pois.
E agora?

Teka disse...

Castelos no AR...
Tudo não passa de castelos no ar...
Exercícios de escrita...
Histórias construidas, para tornar os dias mais azuis...
Desejos imaterializados...
Desejos sublimados...
Apontamentos sentidos... mais do que vividos...

Porque as pessoas... são o pior e poucas vezes... o melhor do mundo!
Porque nascemos e morremos sós!
Porque há muitos lobos com pele de cordeiro!

se esbocei um sorriso...
se alguém esboçou um sorriso...
se alguém reflectiu...
Se alguém se zangou com o que escrevi...
Se alguém me incentivou a escrever...
Se alguém não passou por aqui indiferente...

Já valeu a pena!

Porque não há príncipes nem princesas...

Anónimo disse...

desabafo=desabafo.

Anónimo disse...

evidência é lógico que é igual a evidência,por maioria de razão.