quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dias felizes...

A lista que faz feliz, os dias de uma criança de hoje.
Perguntei ingenuamente:
- Então e os livros?
Recebi um olhar surpreendido e uma careta de nariz torcido que não deixou margem para dúvidas.

Estamos no século XXI...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tempos difíceis...

Nas escolas, a energia vai-se esvaindo por todos os nossos poros, a cada toque de campainha, a cada conversa trocada, a cada tarefa cumprida, a cada intervalo que não repõe forças.
Perde-se o bom clima que sempre nos caracterizou, dissipando-se entre lágrimas, risos nervosos, encolheres de ombros, suspiros profundos, falsas indiferenças e normalidade forçada.
A solidariedade já não tem apenas um significado, passou a ter nuances.
As escadas erguem-se à minha frente como paredes de escalada.
Até as árvores mais antigas foram derrubadas e já não as vejo da minha janela.
Lá muito ao longe o mar, inderrubável, umas vezes calmo outras vezes revolto, mas sempre lá, como que a ensinar-nos uma lição.
Fecho o armário, a porta, desço as escadas, entro no carro.
Um dia frio e solarengo... sem sentido!
Estamos todos MALFERIDOS!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

No seu dia...


No alto mar
A luz escorre
Lisa sobre a água.
Planície infinita
Que ninguém habita.

O Sol brilha enorme
Sem que ninguém forme
Gestos na sua luz.

Livre e verde a água ondula
Graça que não modula
O sonho de ninguém.

São claros e vastos os espaços
Onde baloiça o vento
E ninguém nunca de delícia ou de tormento
Abriu neles os seus braços.

Sophia de Mello Breyner

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Curiosidades linguísticas...


MALFERIDO - adj. Ferido gravemente

APROPINQUAR - v. tr. Aproximar

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Não conseguiria escrever melhor o que sinto...

Tropecei, num dos blogues (http://ana-de-amsterdam.blogspot.com/) que leio frequentemente, nesta pérola, sobre as novas políticas educativas, para que as estatísticas da educação nos sejam mais favoráveis (digo eu claro).

E mais não digo, porque perante tais palavras, não é necessário!

Já me levantei mais entusiasmada para enfrentar o meu dia de trabalho.
Hoje, duas jovens entraram a medo no meu gabinete, uma africana e uma moldava, uma avançou e disse num sorriso tímido: "A senhora parece muito simpática e nós precisamos muito de ajuda".
O que resta do meu entusiasmo é por elas.