Hoje acordei suavemente ao som do amolador.
A gaita de 6 ou 8 vozes, vai deixando escapar de forma compassada, um sonido resgatado aos meus tempos de criança.
Um som que anuncia a chegada deste homem enrugado e de cabelos brancos, de mãos artesãs que do velho fazem novo.
Não sei se faz negócio por estas bandas, mas a sua passagem reconforta-me, transporta-me a uma Lisboa antiga de cheiros e pregões da minha infância.Fico a ouvi-lo afastar-se muito lentamente, como quem não tem pressa de avançar no tempo...
E, ainda há pardalitos que cantam e vêm até à minha varanda à procura de migalhas.
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