Hoje acordei com esta frase na minha cabeça:
"Por não estarem distraídos, eles deixaram de se amar".
"Por não estarem distraídos, eles deixaram de se amar".
Esta frase remete para um escrito muito bonito de Clarice Lispector que reli recentemente e deixo aqui em baixo.
A leitura fez-me divagar sobre a importância de também andarmos distraídos, de aproveitar os momentos, sentir o vento, os aromas, de não teorizar demais a vida, de deixar acontecer.
Fez-me pensar sobre a forma como vivemos os nossos relacionamentos, como cobramos atenção, impomos regras, estabelecemos rotinas só porque sim, mesmo que inconscientemente e mesmo que não façam sentido.
Ao fim de um tempo deixamos de ser espontâneos, não deixamos fluir os sentimentos, as emoções, forçamos presença, as conversas livres e prazerosas vão escasseando.
Deixamos de usufruir o prazer de estar distraídos juntos, de caminhar de forma errante, de nos deixarmos surpreender e entusiasmar pelos pequenos nadas.
A concentração em demasia impede-nos de viver plenamente, diria eu.
Façamos um esforço para ficar distraídos mais vezes.
E hoje, é isto!
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